terça-feira, 18 de maio de 2010

"Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" - Lavoisier

Cá em casa já há um compostor.
Eu também não sabia muito do assunto (e continuo sem saber), mas fui informar-me um pouco e a coisa lá vai andando.

Pode utilizar-se a parte orgânica do lixo que se produz em casa para fazer composto e usar esse material no quintal ou jardim, melhorando a fertilidade do solo.

Para além de aumentar a fertilidade do solo do seu jardim, resolve parcialmente o problema do lixo doméstico fazendo um compostor num canto menos utilizado do jardim.

Comece por colocar uma pilha de composto (inicialmente lixo) num canto menos utilizado do jardim. Escolha um local nivelado com aproximadamente 1 metro quadrado por cada caixa que queira fazer, preferencialmente fora do alcance da luz solar directa e com uma fonte de água próxima. Deve ainda ser um local protegido das vistas principais, por questões estéticas, e perto de casa para que não seja penoso utilizá-lo diariamente. Limpe o chão de folhas e de relva, pois vai aplicar a primeira camada directamente no chão que não pode ser impermeável (cimento, pedra, etc.).


Ao construir a "caixa" de compostagem (biodigestor), com rede galinheira ou madeira, etc., esteja certo que deixa bastante espaço aberto para que o ar alcance a pilha. Um lado da "caixa" removível facilita o manuseamento da pilha com uma pá. O compostor para uma família de três a cinco pessoas deve ter uma capacidade de cerca de um metro cúbico: duas caixas com aquela dimensão cada, com a da figura, permitem fazer a viragem de uma para a outra e manter o composto numa delas por uns dias enquanto se começa a encher a outra.

Todos os resíduos orgânicos, desde que não sejam tóxicos ou poluentes, podem ser transformados em composto. Na prática, a maior parte dos resíduos orgânicos produzidos numa cozinha e num jardim podem ser compostados.

Os restos produzidos na cozinha, são, por exemplo, as cascas e restos de batata e frutas, os legumes e hortaliça, as borras e filtros usados de café, as folhas e sacos de chá, o pão, o arroz e a massa, a casca de ovo esmagada, os restos de comida cozinhada (tapar com terra) e cereais. Os produzidos nas limpezas do jardim, nomeadamente, aparas de relva e erva, folhas secas, ramos pequenos provenientes de podas ou limpezas do jardim.

Não se deve juntar nunca ao material a compostar a carne, peixe e ossos, pois podem atrair animais indesejáveis; os excrementos, pois podem conter microorganismos patogénicos passíveis de sobreviver ao processo de compostagem e resíduos de jardim com pesticidas, plantas com doenças e ervas daninhas com sementes, por razões óbvias.


Comece a pilha com uma camada de ramos partidos para facilitar o arejamento. Depois faça uma camada com 5 a 10 cm com materiais produzidos no jardim depois uma de igual espessura de materiais produzidos na cozinha e assim sucessivamente. A camada do topo deverá ser de material de jardim. Logo que os resíduos orgânicos sejam colocados no recipiente de compostagem inicia-se o processo de decomposição através da acção de bactérias e fungos, sem termos que fazer nada. É um processo natural que se desenvolve por si. .

A pilha deve ser virada de 15 em 15 dias, para que o composto fique pronto em 3 ou 4 meses. Se virar a pilha raramente, o composto fica pronto num período de 6 meses a um ano. Quando se vira a pilha deve-se ter o cuidado de inverter as camadas (a inferior passa para cima e vice-versa). A pilha não deve estar exposta a ventos frios, demasiada chuva ou demasiado calor. O composto está pronto quando não se degrada mais mesmo sendo revirado, tem um aspecto relativamente homogéneo e granuloso onde os componentes originais não são reconhecíveis, tem cor escura e cheiro a terra rica em matéria orgânica.


Há coisas que podem correr mal durante o processo de compostagem, mas que são normalmente passíveis de correcção. Quando o processo é lento, é possível que existam demasiados materiais de jardim, sendo necessário adicionar materiais com maior teor de azoto, os produzidos na cozinha e revirar a pilha.


O cheiro a podre pode ter origem em excesso de humidade (o composto não deve estar a escorrer água nem alagado). Neste caso revire a pilha e adicione materiais secos e porosos como folhas secas, serradura, aparas de madeira ou palha. Outra causa possível para o cheiro a podre é o excesso de compactação; deve, neste caso, revirar a pilha ou diminuir o seu tamanho.


O cheiro a amónia, tem normalmente origem em excesso de materiais provenientes da cozinha. Deve neste caso adicionar materiais do jardim.

- Pilha pequena demais: aumente o tamanho da pilha ou isole-a lateralmente.

- Humidade insuficiente: adicione água quando revirar ou cubra a parte superior da pilha ( o composto deve ter cerca de 50% de humidade).

- Arejamento insuficiente: revire a pilha. Certifique-se que o recipiente tem aberturas laterais e que a primeira camada premite a passagem de ar.

- Clima frio: aumente o tamanho da pilha ou isole-a com um materia que deixe passar o ar.
Quando a temperatura é muito elevada, ou a pilha é grande demais ou o arejamento é insuficiente. Há que diminuir o tamanho da pilha e revirá-la com maior frequência.


Por último, a presença de pragas: pode ser devida à presença de restos de carne ou de restos de comida com gordura. Deve retirar este tipo de alimentos e cubrir a pilha com uma camada de solo ou folhas. Pode em alternativa usar um compostor que não permita a entrada às pragas.


Depois de pronto, o composto deve repousar entre duas a quatro semanas antes de ser aplicado. Depois desta fase de maturação, pode ser aplicado em relvados, jardins, quintais, à volta das árvores ou mesmo para envasar plantas .


O composto é geralmente aplicado uma vez por ano, na Primavera ou no Outono. Deve ser espalhado por cima da terra ou colocado numa camada com 2 ou 3 cm, misturado com aquela, mas nunca deve ser enterrado.

fonte: http://naturlink.sapo.pt/homepage.aspx


Se...

Então...

Se aparecerem minhocas, bichos

da conta, caracóis ...

Não te preocupes, são animais preciosos porque transformam rapidamente o teu lixo em adubo.

Se estiver seco...

Junta água, o composto deve estar húmido como

uma esponja acabada de espremer.

Se aparecerem roedores e

moscas...

Certifica-te que não colocaste carne nem peixe

na pilha, cobre-a com folhas secas, serradura ou

palha. Nunca deixes comida à vista.

Se cheirar a amónia ou a ovos

podres...

Junta folhas secas, areja e mistura palha,

serradura ou bocados de papel.

Se o composto cheirar a terra...

Excelente, podes fertilizar as tuas plantas. Convém deixar repousar durante umas

semanas.

Se o volume baixar muito...

É muito bom sinal, o teu lixo está a ser

transformado em adubo natural.

Se a pilha não aquecer...

Certifica-te se há diversidade suficiente na pilha, mistura os verdes com os secos. A pilha deve ter tamanho e humidade suficientes.

Se saírem vapores...

Não te assustes, é calor a sair e é sinal que o

composto está a “cozinhar”.

fonte: http://maosahorta.no.sapo.pt/inicio.htm

1 comentário:

Especialmente Gaspas disse...

Excelente tópico! Tab quero fazer um cá em casa. Aliás já tinha começado com algo semelhante e depois parei por falta de tempo.

Vou por este link no meu blog para o ter mais à mão!

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails